Costa Amalfitana de Moto – Parte 02: Os custos

Costa Amalfitana de Moto – Parte 02: Os custos

Acho que a parte mais difícil em uma viagem é conseguir orçar todos os custos e manter os gastos dentro do orçamento. Algumas pessoas não fazem questão de saber quanto vão gastar durante as férias e preferem deixar o “problema” para o retorno. Eu e meu marido não somos assim. Gostamos de saber certinho quanto vamos gastar e de preferência, já deixar o montante em separado para não ter residual de contas a pagar depois das férias.

Mas para isso dar certo, temos que ter um orçamento quase perfeito e a internet hoje em dia é uma aliada imprescindível na hora de colocar na planilha todos os possíveis gastos da viagem.

Depois do roteiro pronto, foi a hora de começar a orçar item a item dessa aventura.

Aluguel das motos: Optamos por fazer a reserva diretamente com a HP Motorrad da Itália (já fiz um post sobre eles aqui, mas vou fazer um update mais pra frente) e com a reserva de grupos, conseguimos um desconto no valor total das motos.

Primeira dica: Entre GS800 e GS1200, fiquem com a segunda. São motos mais novas! As GS800 por serem as mais procuradas acabam tendo quilometragem maior.

Segunda dica: Nem pensem em deixar para alugar as motos quando chegar na Europa. A chance de você não conseguir nenhuma moto é gigante! Vocês não imaginam o tanto de pessoas que fazem circuitos europeus sobre motos, então, deixe tudo organizado para não ficar de mãos abanando!

Hotéis: Depois das motos reservadas (com o sinal pago diretamente do Brasil), chegou a hora de reservar os hotéis. Fiz tudo pelo Booking e esse assunto será o tema do nosso terceiro post na semana que vem (Parte 3)!

Combustível: Considerei para essa viagem, o consumo da nossa moto GS800 e bateu quase na pinta! 14km/litro.

Alimentação: Comer, comer e comer! Na Itália não tem como escapar! E nessa viagem fizemos um roteiro gastronômico à parte. Cada vilarejo teve a sua comida típica e é claro, nós experimentamos. O segredo foi tomar um bom café da manhã no hotel, fazer um lanche na hora do almoço (um pedaço de pizza, um panini di porchetta ou de muzzarela de bufala com tomate), tomar um lanchinho no meio da tarde com um expresso e um cornetto (croissant) e deixar para jantar em algum lugar gostoso para relaxar tomando um bom vinho da casa. Com isso, conseguimos manter o custo de alimentação bem próximo dos €55,00/dia orçados.

Estacionamentos dos pontos de parada: Ao longo da Costa Amalfitana conseguíamos parar as motos no acostamento para tirar fotos e apreciar a vista, mas nas cidadezinhas o estacionamento das ruas é exclusivo dos moradores, então o negócio é usar os estacionamentos privados. Considere esse custo pois em algumas cidades o valor da hora é altíssimo!

Chip de Telefone: Indispensável!!! Compramos um chip da Vodafone com 5gb por €25,00. A vantagem foi que os dados gastos com o Waze eram por fora, ou seja, 5gb foi mais do que suficiente para navegar. No hotel, usamos o wifi (alguns não eram tão bons).

Transporte: Nessa categoria eu inclui o trem que leva do aeroporto Fiumicino até o centro de Roma (ida e volta), os passes de metrô para 3 dias em Roma. Também o aluguel da lancha para passeio ao redor da Ilha de Capri e os custos com o veleiro que usamos em Policoro. Ficou mais caro do que o orçado porque resolvemos pegar um barco privativo em Capri para o nosso grupo de 8 pessoas.

TURISMO: Esse item foi o que mais se afastou do orçado. Eu sempre faço uma pesquisa para saber o que é imperdível em cada lugar e incluo o valor dos ingressos no orçamento, mas depois dessa experiência eu ví que esse tipo de viagem não favorece entrar em todos os museus, todas as igrejas, todos os castelos. Primeiro porque grande parte das atrações demanda tempo e vontade para caminhar por longos períodos, e com jaquetas e capacetes, além do calor de alguns dias, a vontade não apareceu! Segundo porque a maioria dos atrativos podiam ser vistos em cima das motos: as paisagens!

Abaixo a planilha do Previsto x Realizado e o valor médio por dia de viagem.

O que eu esqueci de fora?

Claro que algumas coisas ficaram de fora.

Pedagios: Não foi por falta de procurar na internet. Eu tentei! Mas o pedágio na Itália é um pouco confuso para se estimar. Na maioria das estradas pedagiadas, você pega um papel na entrada do trecho e na saída, paga o valor proporcional à quilometragem rodada. E o valor muda de estrada para estrada. Então na próxima viagem irei considerar uns €40,00 de verba.

Aluguel de Scooter em Capri: Outro item indispensável. Não teríamos conseguido conhecer a ilha toda em um único dia se não estivéssemos de scooter. Além disso foi muito divertido! Esse tema também será parte de um post exclusivo (Parte 4).

Taxi: Não estavam previstos, mas foram necessários! Neste item estão alguns Taxis e também Ubers que usamos para voltar de restaurantes no meio da madrugada e também para ir buscar as motos e depois de devolvê-las. Usamos também porque em algumas cidades o transporte público não funcionava até de madrugada.

Lavanderia: A ideia de fazer camisetas personalizadas para usar durante o dia foi muito boa. Lavávamos a noite no hotel, torcíamos bem, dependurávamos em cabides perto do ar condicionado e no dia seguinte estavam prontas para usar novamente. O mesmo fizemos com peças íntimas e meias. Mas no meio da viagem fizemos um pit stop em uma lavanderia para dar uma geral nas calças jeans, bermudas, shorts e blusas em geral.

 

Resultado:

Gastamos menos do que o previsto! Um item compensou o outro e deu tudo certo.

Mas uma coisa é extremamente importante: Não adianta ter o orçamento em mãos e se não conferir os gastos diáriariamente. Em alguns dias gastamos mais do que o previsto e ter essa informação em tempo real foi o diferencial para segurar a onda no dia seguinte e ficar dentro do orçamento. Para isso, criamos o hábito de anotar todos os gastos durante o dia, “TODOS”! e a noite fazíamos a soma. Também usamos um aplicativo muito bom para divisão de despesas da viagem com o grupo – SPLITWISE (vou falar sobre ele na Parte 5).

Então, se você está pensando em fazer uma viagem de moto pela Itália, com 12 dias de duração, passando por lugares incríveis, ficando em hotéis muito bons, comendo e bebendo sem passar fome, já sabe o quanto vai gastar! Pode começar a juntar o dindim!

Observação importante: O valor acima foi gasto por um casal com aluguel de uma moto!

 

 

de garupa

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